terça-feira, 26 de abril de 2011

Labirinto Perdido – Kate Mosse


Julho de 2005, Alice Tanner, arqueóloga nos tempos livres, no seu último dia de escavações numa montanha na zona de Carcassonne, descobre uma estranha grura. No seu interior, dois esqueletos e uma terrível sensação de maldade e déjá-vú.

Assustada, sente que o acontecido naquela gruta há muito tempo atrás está ligado ao seu passado, mas um passado antes do seu nascimento…

Este é o mote para uma história engraçada e que tem o condão de trazer de volta as tricas e perseguições habituais da busca do santo Graal.

O trama até está bem urdido.

Passado entre o séc. XXI e o séc. XIII, vamos acompanhando Alice Tanner e a sua estranha ligação à não menos estranha e macabra descoberta. Em simultâneo, ficamos a conhecer a história de Alais, uma rapariga de 17 anos, que recebe do pai um livro que ele afirma conter o segredo do verdadeiro Graal.

Porém, entre aventuras e desventuras destas heroínas, a grande e mais valia do livro, na minha opinião, é a descrição da perseguição aos cátaros pelos cruzados ordenada pela Papa.

Situada nos Pirinéus, a autora consegue recriar os tempos do catarismo. Montségur, Carcassone, Languedoc, hoje lugares míticos e ligados aos cátaros e aos templários, são aqui ressuscitados, ganham cores e vida.

Duas histórias paralelas que têm em comum um labirinto perdido na memória da História. Um inesperado Graal e uma história repleta de intriga, amor e violência que nos levam ao seio de uma comunidade que tinha uma filosofia religiosa diferente e que foi barbaramente chacinada pelos cruzados.

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